António Amaral Leitão
(1845-1903)
Capitão de Infantaria e Militante Republicano
António Amaral Leitão, capitão de infantaria, destaca-se pela sua participação ativa na revolta de 31 de janeiro de 1891, no Porto. Nasceu a 7 de março de 1845, em Farminhão, Viseu.
No momento “quente” da revolta, foi um elemento preponderante na ação, tomando a dianteira ao comando dos revoltosos, na sua qualidade de chefe militar.
Findos os acontecimentos tumultuosos que pusera em evidência, e consciente que tinha perdido esta causa, preparou uma engenhosa fuga, conseguindo iludir todos aqueles que se mantinham em vigilância. No entanto, em fuga, encontrou-se casualmente com um padre que o conheceria bem, e este acabaria por denunciá-lo às autoridades locais.
Efetuada a detenção, é julgado pelo Conselho de Guerra e enviado para Angola. Depois de ter passado por Paris, e posteriormente pelo Brasil, regressa a Portugal em 1901 e acaba por morrer em 1903.
A rua Capitão Leitão recebeu esta designação após a Revolução Republicana de 1910, em substituição do seu tradicional nome de Rua da Galé, pelo qual continua a ser conhecida, dado que a nova designação nunca foi assumida pelo povo sesimbrense, que ainda hoje se mantém fiel ao nome tradicional.
Fonte:
Arquivo de Toponímia.